2 de Outubro de 2008
Ao entrar em casa dei de cara com os putos. Estavam de saida para irem ás compras. Depois de dois dedos de conversa, concordamos com o que haveria de ser feito para o jantar. Uma salada de fusilli com legumes salteados. Lembrei-me que talvez ficasse bem também uns pedaços de frango grelhado. Eles concordaram.
Assim e enquanto eles foram ao pingo doce eu fiquei de ir comprar os bifinhos de frango.
Fui até ao talho aqui do lado, onde trabalha o tal gajo que parece fazer-me flirt sempre que lá vou. Quando entrei estavam ele e dois velhotes á conversa sobre queijos. Cumprimentou-me efusivamente como costume e continuou a conversa e a cortar uma perna de porco que estava pendurada à espera de ser desmanchada.
A conversa centrava-se num queijo de cabra qualquer, e de repente o gajo do talho saí-se com uma frase que acaba em “queijo de chibo” e olha para mim e sorri muito. Achei que estava só a ver se tinha sorrido àquela piada. Mas depois vem para a minha frente e repete: “queijo de chibo é que é bom” dizendo isto num tom de voz muito mais baixo que de certeza que os velhos não ouviram, e depois de o dizer faz um sorriso malandro daqueles que até se levanta o sobrolho e sem nunca desviar o olhar dos meus olhos.
Cada vez mais acho que o gajo se está a fazer a mim. E se ele faz este flirt sem eu responder aos avanços, como seria se eu provoca-se também?
Vim para casa a pensar nisto, rapidamente era hora de fazer o jantar. Lá chamei os putos, que embora muito pouco me ajudem nos tachos, tem aprendido. Espero.
A salada ficou óptima. Soube mesmo bem.
R.