O meu nome é Ray,e sou gay. Este será um blog sobre “as coisas vulgares que há na vida”. Na minha vida! É um blog para maiores de 18 anos. Para todos aqueles que tem alguma curiosidade sobre a vida e pensamento gay.
O que me dizes?
Por: Ray, em 29.11.07 às 16:24link do post | adicionar aos favoritos

28 De Novembro de 2007

 

Hoje sinto-me triste....melancólico. É sempre assim na época do natal.

Cheguei há pouco do bar, já enviei uma mensagem ao H. é uma rotina que não quero acabar. Sinto-me bem ao saber que alguém no mundo se preocupa e quer saber de mim. É bom ter alguém a quem “presto contas”, mas de uma forma amorosa e sem nada me cobrar. Embora saiba que ele já há muito que dorme, sinto-me muito feliz por este pequeno gesto de em meia dúzia de palavras lhe dizer o quanto o amo, e, que é nele que ponho o meu último pensamento antes de dormir. Sorrio ao pensar que ele logo que acorda tem uma palavra minha para começar o dia, e faço-o assim começar o dia a pensar em mim.

Passei um bom bocado da tarde na Net à procura de um emprego. Ainda me inscrevi e enviei uma serie de c.v. amanha irei continuar.

Mas isso fez-me sentir triste e decepcionado com a minha vida.

30 Anos e não tenho nada para mostrar do que fiz com a minha vida!!!!!!!

Tou a viver num quarto, a trabalhar num bar em part-time. Já não tenho carro, a conta bancária a zeros, o dinheiro contado e esticado até ao fim do mês só eu sei como.

Foda-se! Para as decisões estúpidas e mal pensadas que tomei no passado. Agora agarro-me ao pau!

Sinto-me completo e realizado como nunca antes a nível sentimental. Não há dúvidas nenhumas! O homem que tenho na minha vida fez o milagre de me tirar do entorpecimento no qual me encontrava. Ele consegui voltar a pôr-me a sorrir, a sonhar, e a lutar por uma melhor vida.

Mas por outro lado, quase sempre que saio com ele, fico com o coração pequenino e a chorar, porque quero mais da vida. Sinto-me impotente perante o que quero e o que o não posso fazer.

Ontem andamos na cidade as compras. Eu não. Ele! Com muito gosto o acompanhei e andava feliz com ele no entra e sai de lojas. Na troca de brincadeiras e opiniões sobre o que é giro ou não faz o nosso género. Mas de vez enquando durante essa tarde, o meu coração chorava e enchia-me de tristeza e raiva comigo próprio, apenas e só porque podia e devia ter um nível de vida melhor.

Só ando a pensar mais nisto por namorar com o H. Ele não tem culpa nenhuma destes sentimentos. Nada fez de errado. Pelo contrário. Se não fosse a estabilidade emocional que me traz, e pelo amor que me tem, já tinha entrado num estado de depressão e apatia do qual não sairia facilmente.

 Mas conhece-lo, andar a fazer estas coisas com ele e a época de natal agiram como catalisadores para estes pensamentos aumentarem e se agravarem

Ando pelas ruas já engalanadas para as festividades, as montras todas enfeitadas a puxarem o olhar, e não consigo parar de pensar em todo o que gostava de comprar. Todas as coisas que gostava de poder oferecer. E depois ponho a mão no bolso e sinto 2 moedas que vão dar para comprar tabaco e beber um café e está o dia feito.

Hoje fui para o bar todo o caminho cabisbaixo e de olhos molhados com lágrimas que teimei em não deixar sair. Quem me dera poder comprar apenas metade daquilo que gostava de oferecer este natal. Quem me dera poder já dizer que estou a viver numa casinha minha, voltar a ter um carro, de vez enquando fazer umas férias em qualquer sítio, quem me dera por abalar e ir passar este fim-de-semana a um qualquer hotel. Quem me dera de vez em quando poder entrar numa loja e fazer uma extravagância. Fodas-se! Já ficava feliz se este mês poder entrar num supermercado e comprar aquilo que realmente necessito para comer. Não que neste momento passe fome, mas também não como o que deveria.

Fodas-se mais ao orgulho que tenho.

Sei que a culpa é minha. Sou estúpido, burro, idiota, parvo, um falhado e uma besta-quadrada, e tenho o que mereço! Mas quando tomei as decisões que também me trouxeram onde estou agora, nunca imaginei conhecer alguém como o H.

O querer ser feliz com ele, conseguir mante-lo na minha vida, e construir um futuro a dois, são o pressuposto com que parto para todas as decisões que tenho tomado nestes últimos meses, e é ele, sem o saber, o responsável por eu querer dar uma volta radical no estilo e nível de vida que neste momento tenho.

Esta insatisfação e procura de algo melhor para mim, alimentam-se no amor que tenho por ele, e por finalmente este tolo que sou eu estar a ser amado por alguém tão fantástico e especial como o meu H.

R.


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Por: Ray, em 29.11.07 às 16:23link do post | adicionar aos favoritos

25 De Novembro de 2007

 

Faz hoje 8 anos que cheguei a Portugal após 2 anos em N.Y.

O tempo voa. Ainda me lembro claramente desse dia.

Foi o fim dos 2 anos mais intensos da minha vida. Os 2 anos que me abriram a mente e me marcaram muito e para sempre. Nestes anos aprendi e redefini muitas perspectivas da minha vida. A minha personalidade como é hoje em dia é um produto claro deste tempo e destas experiências. Mas hoje não é o dia em que vou falar sobre isto. As recordações e os sentimentos pesam-me demais para as conseguir ainda colocar de uma forma clara sobre o papel.

Hoje não estive com o meu amor.

Sinto falta dele. As saudades são já enormes. Tenho uma necessidade muito grande de estar com ele, sentir aquele abraço forte e amoroso que só ele me dá.

Lembrei-me todo o dia dele.

R.


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Por: Ray, em 29.11.07 às 16:16link do post | adicionar aos favoritos

 

 

23 De Novembro de 2007

 

Hoje fiz uma surpresa ao meu amor.

Fiz-lhe um ataque de corações.

Embora a noite de ontem tivesse sido de muito trabalho no bar, quando cheguei a casa, fiquei até as tantas a cortar mais de uma centena de corações de papel de lustro, e a cola-los nas paredes. Mas o sono e o cansaço acabaram por vencer, e tive que acabar esta tarefa hoje à tarde. O H. a meio da tarde mandou-me uma sms a dizer que ia chegar mais cedo que costume, e tive que lhe mentir, arranjando uma desculpa para poder acabar a surpresa. Mas a verdade é que não me senti nada bem ao ter que lhe mentir, mas foi por uma boa causa.

Mas enfim, lá acabei de por os corações por todo o lado no quarto. Foi um pequenito gesto, quase insignificante, mas senti-me bem ao faze-lo. Visto não poder dar-lhe prendas materiais, decidi mostra-lhe e dar-lhe miminhos que demonstrem de forma física um pouco do enorme amor que por ele sinto. Aqui ficam algumas fotos.

Ontem ele deu-me um perfume. Fiquei deliciado. Não só me deu uma prenda, deu-me logo uma coisa que eu adoro, mas por me ter dado algo. Não estou habituado a receber prendas, nem a que me façam surpresas, que pensem e preocupem comigo. Ser mimado e sentir-me amado é um novo mundo que estou a descobrir.

Não lhe fiz esta surpresa do corações só porque ele me deu um perfume, já há um tempo que andava a pensar nela e visto este fim-de-semana estar de folga, e por sabar que o vamos passar juntos, decidi faze-la hoje.

O H. chegou, namoramos um bom bocado, e fomos fazer o jantar. Hoje comemos em casa. É muito bom, poder dar-lhe umas beijocas entre garfadas, coisa que me apetece fazer amiúde quando jantamos fora.

O resto da noite foi passado a fazer aquelas coisas que namorados fazem.

R.

 

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Por: Ray, em 21.11.07 às 20:01link do post | adicionar aos favoritos

21 De Novembro de 2007

 

Ontem tive uma boa noite.

O H. teve aqui, namoramos e fomos jantar. Entretanto tive a trocar uns sms com o meu irmão, e ele convidou-nos para passar lá em casa.

Gostei. Ficamos la os 4, um bocado a conversar.

Sei que não foi nada extraordinário, mas o simples facto de poder estar com o H. e com a minha família faz-me feliz.

Ainda bem que o meu homem tomou a decisão de os querer conhecer.

R.


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Por: Ray, em 21.11.07 às 20:00link do post | adicionar aos favoritos

19 De Novembro de 2007

 

Finalmente chegou o Outono.

Chuva, vento e frio com fartura.

Faltou a luz e fechei o bar as 23h e apanhei uma real tosga.

O meu amor passou aqui o final da tarde, já tinha montes de saudades dele. Estes encontros aqui no meu quarto tem que começar a ficar mais silenciosos, porque ontem veio para o quarto ao lado do meu, mais um rapaz. O P. pareceu-me boa gente, e ele tem boa pinta. Mas que se foda, vou continuar a namorar aqui com o meu H. agora só temos que falar um pouco mais baixo.

Porque já estava a cair um dilúvio, deu-me boleia ate perto do bar, e dei-lhe um grande beijo, dentro do carro, em pleno centro histórico.

Abri o bar, vendi um café, e faltou a luz. Enquanto esperava que voltasse, entreti-me a porta do bar, a olhar para a chuva os relâmpagos e a beber uns safaris cola e a trocar sms com a minha paixão. Como não havia maneira de voltar a luz, comecei a fechar a porta, e entretanto aparece-me o M.J., cliente habitual. Claro que o deixei entrar, e a luz de umas velas, bebi com ele umas bejecas.

Ele deu-me boleia até casa, e como nesta parte da cidade já havia luz, procurei algum sítio para comprar tabaco. Lá encontrei um tasco, e quando entrei, não é que lá estava de novo o M.J. e pedi uma imperial para ficar um pouco a conversar. Ainda não tinha sono e não me tava nada a apetecer vir para casa e ficar a olhar para o tecto.

Obviamente que o número de rodadas não parou de crescer. E como ja tinha emborcado uns safaris, a mistura de bebidas resultou numa bela bebedeira, e logo a segunda-feira, mas a conversa até tava porreira, e continuei a beber.

O que não tava mesmo nada a espera era que o L. se lembrasse de começar a mandar msg. E não eram de conteúdo inocente. Embora eu não lhe desse conversa, começava a insinuar que até gostava de repetir algumas coisas que fizemos, e comecei a não gostar nada da conversa. Disse-lhe que se quiser podíamos ir tomar um café na boa, mas só mesmo isso. Mas ele insistia, e cada vez mais a provocar. Até que lhe tive que dizer claramente, que amava o H. demais para fazer seja lá o que for e trai-lo, e voltei a frisar que podemos tomar um café e manter contacto, mas nada mais que isso. Mas acho que ele ainda não se convenceu desta nova realidade.

Quem também teve insónias foi o meu homem. Já eram altas horas e ainda trocávamos msg e ainda falamos ao tlm.

Hoje orgulhosamente, mesmo bêbado e cheio de tusa, vim para a cama sozinho, por escolha. Escolhi amar e entregar-me a um só homem. O meu H.

E como esta decisão não é de hoje, torna tudo muito mais fácil.

R.


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Por: Ray, em 21.11.07 às 19:58link do post | adicionar aos favoritos

18 De Novembro de 2007

 

Os meus fins-de-semana são aborrecidos. Especialmente os que tenho que trabalhar. Embora me divirta mesmo muito no bar, especialmente em noites movimentadas como a de ontem, o tempo que passo em casa custa a passar.

Não há nada de jeito para ver na tv, no café é só tias e tios, e não tenho paciência para lá estar muito tempo sozinho.

Como o meu amor tem que trabalhar nestes dias, fico aqui emburrado entre quatro paredes, a pensar nele e como é que em menos de um mês esta situação se desenvolveu de um engate para o AMOR que nutrimos um pelo outro. A teoria das almas gémeas começa a ganhar algum significado para mim.

Ontem sábado, enquanto trabalhava, fui assaltado por um sentimento de ciúme e de inveja que não me é habitual.

O meu homem, como é normal e saudável, foi curtir a noite com o grupo de amigos dele. E fomos trocando mensagens sempre que nos foi possível, mas não é que eu fiquei com ciúmes.

Não daqueles que surgem da desconfiança de uma traição amorosa, mas dos amigos. Eles estavam ao pé do meu amor e eu não, estavam a divertir-se com ele, a falar com ele, a olhar aquela cara linda, a conversar e conviver com ele, e eu não. Acho que isto vem do meu amor e necessidade de estar com ele.

Não me chateia nada ele sair e conviver com os amigos. Ainda bem que o faz, e sei que não ameaça em nada a nossa relação. A inveja e o ciúme surgem apenas porque são coisas que eu não farei com ele.

Porque embora nos também façamos saídas a noite, estas foram, e serão, ou só os dois, o com o meu grupo de amigos aqui na cidade, nunca serão com o grupo de amigos dele. Sei que aqueles amigos são importantes para o H. pelo que me disse, já fazem este tipo de saídas há imenso tempo, e se estas saídas e este grupo de amigos é importante para o H. é importante também para mim, mas para eu poder partilhar estas saídas junto dele, envolveria ele assumir-se junto deles, e eu não vejo qualquer necessidade disso.

Agora friamente consigo ver que apenas por o amar tanto, e querer partilhar tudo com ele, senti aquela inveja estúpida e sem razão de existir.

R.

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Por: Ray, em 21.11.07 às 19:56link do post | adicionar aos favoritos

16 De Novembro de 2007

 

Mais um semana a acabar. Esta foi uma semana muito especial para mim. Todos os dias o H. veio ter comigo. Alguns dias até apareceu de surpresa, sem qualquer aviso, chegava e pedia para abrir a porta. Da primeira vez que o fez, pensei que estava a gozar comigo. Adorei cada vez que veio, e cada dia que passamos o conheço melhor.

Mas hoje, sentia-me diferente. Sentia-me triste, frustado, e até deprimido. E tudo isto despultado por algo bom: - o meu amor por este homem.

 

Amo-o muito, e como tal quero fazer coisas que os namorados fazem. Passeios, cinema, fins-de-semana, jantares, férias, etc e tal. Sei que parece lamecha, mas que se foda, não o quero só para cama. E numa relação há que saber viver além da quequa. Ora este pensamento invadiu-me e entristeceu-me. Porque neste momento da minha vida, não o poderei acompanhar. Apenas pela parte monetária da questão.

O que ganho no bar, dá apenas para as minhas despesas essenciais. Há já um tempo que aprendi a viver de maneira muito fulgral, e o que o ganho dava sem grandes complicações para cobrir as minhas despesas, mas agora a situação é diferente. Para melhor claro, mas implica uma outra maneira de viver e obviamente outro tipo de orçamento.

Este sentimento não é de todo novo. Já na altura em que andava com o V. existia. Muitas vezes eu não o podia acompanhar, porque não conseguia manter o mesmo estilo de vida.

Mas como neste caso o meu amor pelo H. é muito maior e quero mesmo fazer muito mais com ele, do que alguma vez quis com algum namorado meu, fiquei deveras frustrado. E foi de tal forma que o meu amor apercebeu-se disso através das mensagens que trocamos.

Ao final da tarde, veio ter comigo, e lanchamos juntos. Senti nele uma frustração por saber que eu estava triste e não lhe contava o porquê. Quando chegamos a casa, não aguentei mais e tive que lhe contar. Não consigo guardar-lhe segredos. Falamos e eu fiquei bem.

Hoje aprendi que o amor é também partilhar problemas, dúvidas e conflitos e fantasmas internos. Mesmo nesta fase de enamoramento, e de sedução em que tudo devia ser perfeito e cor-de-rosa, o partilhar de sentimentos profundos ainda que não muito positivo, quando se ama e se é amado de verdade, não faz mal. Muito pelo contrário. Senti-mo mais próximo do H. o meu amor por ele galgou mais um nível.

R.

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Por: Ray, em 15.11.07 às 17:09link do post | adicionar aos favoritos

14 De Novembro de 2007

 

Ontem teve aqui o meu amor. Cada vez é melhor estar com ele.

Já não aguentava mais manter-lhe o segredo de manter este blog. Como ele  há mais de um mês é o tema principal dos meus posts, resolvi partilha-lo com ele.

Primeiro apenas um texto, e quando vi que havia gostado do que leu, disse-lhe do que se tratava na realidade, que não era um diário privado, mas sim algo que estou a partilhar com quem queira ler, e abri no pc o ficheiro com todos os post que já editei, e deixei-o ler. O resultado surpreendeu-me.

O meu amor ficou com uma lágrima no canto do olho.

Nunca antes tive um homem a chorar por mim. Tocou-me profundamente.

Perguntei-lhe se tinha algum problema em que eu continuasse a escrever, e se ele tivesse dito que sim, eu parava. Pelo menos nestes moldes. Criaria um outro blog, de teor diferente. Mas mais uma vez, surpreendeu-me. Não quer que pare. Não tem problemas em que eu partilhe a nossa vida no cyber-espaço.

A confiança e o amor ontem aumentaram muito.

AMO-TE MUITO H.

R.

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Por: Ray, em 15.11.07 às 17:08link do post | adicionar aos favoritos

12 De Novembro de 2007

 

 

Este dia foi de preguiça e recuperação do fim-de-semana. Porra! Andava mesmo cansado e com sono. Ontem a noite no bar foi um suplício. Mas mesmo o mal que me aflige fisicamente valeu a pena. Mesmo muito. Estes dias saíram melhor que o planeado

Faz hoje um mês desde que conheci o amor da minha vida. Hoje não vou tar com ele, mas não faz mal. Celebramos esta data durante o fim-de-semana que passamos.

R.


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Por: Ray, em 15.11.07 às 17:02link do post | adicionar aos favoritos

11 De Novembro de 2007

 

O H. saiu daqui há pouco. Foi embora porque infelizmente hoje tenho que ir trabalhar. Sinceramente não me apetece nada. Sinto-me cansado do fds que hoje acaba. Mas pior que isso, tive que acabar o fantástico tempo que estive com o meu amor.

No sábado, acordei cedo. Ainda antes de o despertador tocar. Com uma puta de uma dor de cabeça que me fez andar a tomar comprimidos logo que me levantei. Mas enfim lá me preparei, e no final de tomar café, o meu irmão chegou e seguimos para o baptizado. Chegamos a hora de almoço, com a família reunida ainda na mesa comemos e metemos mãos há obra. Havia mesas para preparar. Como a festa era so as 16h tivemos bastante tempo para fazer um bom trabalho, e modéstia há parte, as mesas até ficaram muito bem.

De resto, aconteceu o que é costume. Comer, comer, beber, e comer. E como tinha planeado a noite com o H. não me alarguei muito com a pinga. Gostei da festa. É sempre bom ver a família, conversar e partilhar um bom bocado. Infelizmente ultimamente só nos juntamos em festas grandes. Nem vou fazer grandes considerações sobre a estupidez que é um baptizado católico.

Durante o tempo que lá estive, não consegui enviar nem receber muitas sms com o H. aquela terra fica na porcaria do meio da serra e a rede é quase nula. Tinha que andar de um lado para o outro para ver se conseguia enviar notícias ao meu amado, confirmar e combinar os últimos pormenores da noite que se aproximava.

E assim, ás 22h, e depois de ter comido mais que a conta, e após a terceira muda de roupa nesse dia, fui para as beira da estrada esperar o meu homem.

Seguimos logo para Leiria, mas eu não me sentia nada bem de tanto que havia comido. Mas isto de ter os melhores petiscos de mamãe a disposição tinha que ser aproveitado até ao limite. Ainda paramos na área de serviço para tomar um café, e pelo caminho a conversa nunca parou. Encontramos o sítio com relativa facilidade. Quando entramos, ainda estava vazio, isto tudo porque ainda nem meia-noite era.

O espaço é agradável, não muito grande, mas com um estilo e personalidade. O staff simpático e quando começou a encher, também me pareceu bem frequentado. Embora não tivesse completamente à pinha, estava muito bem composto. Muitas meninas, alguns casais hetro, e felizmente muito poucas bichas. Musica bem passada, mas o show pareceu-me fraquito.

Uma das principais razões que me levam frequentar este tipo de sítios, é que quando lá estou, rodeado de todos aqueles tipos, sinto-me menos sozinho na minha sexualidade. Faz-me ver que há mais gente com o mesmo gosto que eu. Que afinal não sou assim tão estranho e isolado.

Mas tudo isto é de menor importância. Fui lá porque estava com o meu amor.

Lá sabíamos que estávamos há vontade, e após o H. se ter sentido mais confortável com a ideia, lá se soltou, e namoramos bastante. Beijos e abraços, ao som de house music e com pessoas á nossa volta. Sabe muito bem mostrar a todos o quanto eu amo e sou amado por este homem.

Logo após o fim do show, saímos e rumamos a nossa caminha. Chegamos e os nossos corpos rapidamente se uniram, de forma intensa e cheia de paixão.

Havia chegado a hora de dormirmos. A primeira vez que o iríamos fazer. Alem das raras vezes que o fiz com o V., apenas havia dormido com mais um homem, e era algo que eu queria muito faze-lo com o H.

 Adormeci com ele ao meu lado, mão na mão. Lembro-me de por vezes acordar, ora com ele a abraçar-me, ora era eu a faze-lo. Soube tão bem, abrir os olhos e vê-lo logo.

Acordamos, pusemos imediatamente a escrita em dia, saímos para tomar café, e aproveitamos e demos um passeio rápido pela cidade.

Quando voltamos para casa, e como ambos estávamos ainda cansados, voltamos à cama. Ali ficamos os dois, nuzinhos, abraçados um ao outro a ver um filme na tv.

Durante esta tarde, e apesar do cansaço ainda fizemos amor mais duas vezes.

A última destas vezes, recebi dele prazer como nunca tive ao ser penetrado. Simplesmente delirei.

Amo o H. cada vez mais. Este fim-de-semana foi algo que eu sempre sonhei fazer, e nunca antes tive alguém com quem o quisesse fazer mais, do que com o meu amor.

Este homem realiza-me. Faz-me ser muito feliz.

R

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