Almoço de família.
O mano convidou mamae, o meu padrasto e eu.
Foi porreiro. Almoçou-se e conversou-se muito. Já não estávamos assim há muito tempo. Lá me tive que esquivar a terrível pergunta que um gay teme:
“- Então quando é que arranjas uma menina?” Felizmente a minha cunhada ajudou-me a mudar de conversa. Cada vez mais tenho vontade de me assumir à minha mãe. Mas acho que ainda não é oportuno.
Findo o almoço, e após as despedidas de mamae, veio a melhor parte de todo o fim-de-semana. Fomos tomar café a esplanada do meu amor. Nunca lhe disse. Queríamos que fosse surpresa. A ida até lá foi ideia do meu irmão e da minha cunhada. Claro que eu saltei de alegria e entusiasmo quando me propuseram a ideia. Andava já cheio de vontade de o fazer, mas como não tenho transporte, era muito difícil.
Quando lá chegamos e ele nos viu. Os olhos dele ilumiram-se de uma maneira e o sorriso que fez, quase que nem consigo descrever. Vi naquele instante grande alegria e amor. Vi que tinha adorado. E eu também. Tava mesmo a precisar de o ver.
Café, bejecas e o meu lindo, que sempre que podia se sentava na nossa mesa. E mesmo quando tinha que ir para trás do balcão não para de trocar olhares comigo, e de me fazer caretas e sinais de uma linguagem muito nossa. Coisas que só nos entendemos.
Deu-me um tesão ve-lo! O H. é lindo! Mesmo muito! E sempre que olhava para aqueles braços másculos e peludos ate sentia o meu pau a dar sinais de vida....ainda hoje vai haver leite por causa disso!
Como tudo o que é bom, acaba rápido, e tivemos que regressar. Mas antes disso, ainda o segui até ao wc para nos entregar a um beijo rápido. Tou cheio de saudades de estar com ele. Amo-o! Muito.
R.