O meu nome é Ray,e sou gay. Este será um blog sobre “as coisas vulgares que há na vida”. Na minha vida! É um blog para maiores de 18 anos. Para todos aqueles que tem alguma curiosidade sobre a vida e pensamento gay.
O que me dizes?
Por: Ray, em 03.10.08 às 15:34link do post | adicionar aos favoritos

2 de Outubro de 2008

 

Ao entrar em casa dei de cara com os putos. Estavam de saida para irem ás compras. Depois de dois dedos de conversa, concordamos com o que haveria de ser feito para o jantar. Uma salada de fusilli com legumes salteados. Lembrei-me que talvez ficasse bem também uns pedaços de frango grelhado. Eles concordaram.

Assim e enquanto eles foram ao pingo doce eu fiquei de ir comprar os bifinhos de frango.

Fui até ao talho aqui do lado, onde trabalha o tal gajo que parece fazer-me flirt sempre que lá vou. Quando entrei estavam ele e dois velhotes á conversa sobre queijos. Cumprimentou-me efusivamente como costume e continuou a conversa e a cortar uma perna de porco que estava pendurada à espera de ser desmanchada.

A conversa centrava-se num queijo de cabra qualquer, e de repente o gajo do talho saí-se com uma frase que acaba em  “queijo de chibo” e olha para mim e sorri muito. Achei que estava só a ver se tinha sorrido àquela piada. Mas depois vem para a minha frente e repete: “queijo de chibo é que é bom” dizendo isto num tom de voz muito mais baixo que de certeza que os velhos não ouviram, e depois de o dizer faz um sorriso malandro daqueles que até se levanta o sobrolho e sem nunca desviar o olhar dos meus olhos.

Cada vez mais acho que o gajo se está a fazer a mim. E se ele faz este flirt sem eu responder aos avanços, como seria se eu provoca-se também?

Vim para casa a pensar nisto, rapidamente era hora de fazer o jantar. Lá chamei os putos, que embora muito pouco me ajudem nos tachos, tem aprendido. Espero.

A salada ficou óptima. Soube mesmo bem.

R.

 

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Por: Ray, em 03.10.08 às 15:25link do post | adicionar aos favoritos

            2 de Outubro de 2008

 

            Tenho andado em pulgas para saber que prenda o meu H. comprou.

            Sou mesmo muito curioso, e normalmente quando compramos uma coisa um ao outro damos sempre pista para tentar-mos adivinhar. Consigo sempre adivinhar, mas desta vez não. O meu nino bem me dá pistas, mas não há maneira de lá chegar. As pistas que me deu desta vez, são mesmo para me fazer pensar. São muito misteriosas. Desta vez aprendeu comigo.

Ele nunca consegue interpertar as pistas que lhe dou, e agora fez-me o mesmo! Não consigo mesmo lá chegar. Quando penso que poderá ser uma coisa, há sempre uma pista que não encaixa. Claro que quero que seja surpresa, mas gosto muito deste jogo que fazemos. E ele também não faz ideia do que significam as pista que lhe dei.

Ando sempre a moe-lo para me dar mais uma pista. Ou uma letra do objecto, ou da marca. E ele não se desmancha. Irra. Mal posso esperar por dia 10 para finalmente saber o que é! Mas até lá vou continuar a picá-lo.  E também não lhe vou dizer o que lhe vou comprar.

Amo-o muito. E tenho muita sorte em tê-lo na minha vida. Nunca pensei em ser namorado de um homem lindo (um verdadeiro PÃO) e tão bom para mim como é o meu H. tem sido um ano de grande felicidade.

R.

 

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Por: Ray, em 03.10.08 às 15:19link do post | adicionar aos favoritos

1 de Outubro de 2008

 

            Acordei triste e macambúzio. Há dias assim. Mas esta semana tem sido quase todos os dias. Nada se tem passado nada, e ando com pouco ânimo. Ainda assim resolvi ir à cidade, para colocar on-line o unico post que tinha escrito esta semana.

No final de blogar, o meu nino disse-me que já vinha a caminho. Fomos lanchar juntos e depois para casa para namorar. Embora não tivesse a certeza se estávamos ou não sozinhos em casa, a vontade e saudades eram mais que muitas, e tivemos que nos entregar de forma carnal um ao outro. Já não nos víamos desde sábado.

            Quando foi embora, afinal apercebi-me que estávamos sozinhos. Os putos tinham ido para as praxes. Hoje era dia do travesti, e de facto quando andei na cidade vi montes deles vestidos de gajas, e pareceu-me que alguns até estavam a gostar e demasiado à vontade a fazer de gaja.... mas enfim.

            Pouco tempo depois de o meu nino ir para casa, a senhoria entrou em casa. Trazia as contas de água, luz e gás.

            No final de acertar-mos as contas e quando já ela já estava de saída entraram os putos. Ainda ficamos um pouco à conversa, para tentar perceber e negociar a melhor maneira de por net lá em casa.

            Finda a conversa, e como não tinha grande vontade de falar nem conviver com ninguem, pensei em ir para o quarto, e ficar lá fechado o resto da noite. Nisto o D. diz-me que hoje iam ter companhia para o jantar. 3 Veteranos da comissão de praxes tinham-lhes cravado o jantar, e que como ontem havia eu feito o jantar para eles, hoje era a vez deles de fazer o jantar para mim.

            Ainda tentei escapar, mas não consegui. Tanto insistiram que lá acedi, mas sempre a pensar que a única coisa que eles já cozinharam sozinhos foi arroz queimado com atum. Quando lhes perguntei que estava a pensar cozinhar, a cara que fizeram deu-me uma vontade de rir que até tive que morder a lingua para não me desmanchar. Claramente ainda não haviam pensado nisso, e estavam na esperança que eu os safasse.

            Respirei fundo e perguntei o que tinham para fazer no congelador. O D. deu um salto e meteu-se a esgravatar nas gavetas da arca. “Frango”, gritou ele com alegria. A mãe dele enquanto cá esteve havia deixado um frango cortado no congelador. Perguntei-lhes que queriam fazer com o frango. Silêncio foi a resposta que obtive!

            Lá tinha que ser eu a dizer algo. Lembrei-me que a coisa mais prática, económica para fazer em cima da hora com frango é mesmo “frango com cerveja”. Enquanto eu descongelava o frango, pedi-lhes que fossem comprar uma cerveja e uma sopa de cebola. Ainda ficaram a olhar para mim, a pensar que estava a brincar com eles. Mandei-os sair depressa que o mini-mercado fechava em 5 minutos.

            Já com o que foram comprar em casa, e depois de procurar tachos suficientemente grandes para cozinhar para 6, meti mãos a obra. Ainda que já soubesse a resposta, ainda perguntei o que pensavam fazer para acompanhar o frango. O olhar vazio deles não tardou. “Arroz de ervilhas?” perguntei eu. “ya! Isso!”

            Meti um a descascar e a picar alhos e o outro a ver se era preciso dar uma limpeza ao frango. Assim que meti a panela para o arroz ao lume, a campainha tocou. Entraram 2 gajas e um gajo. Uma delas também era da Madeira.

            Enquanto cozinhava ficamos todos à conversa. De vez enquando lá saia a boca, que afinal não eram os caloiros a cozinhar, e para não os deixar mal, lá dizia que eu só estava a supervisionar, e que eles estavam a aprender. Mas na verdade, a única coisa que fizeram foi picar alhos. Os mais velhos até diziam que quem lhes dera ter tido algum para os ajudar quando começaram a viver sozinhos. Mas enfim, gosto de ser prestável. E este jantar era uma maneira dos putos fazerem amigos, e serem um pouco poupados nas praxes.

            Os veteranos até eram porreiros. Boa conversa e montes de conselhos para putos. Acho que valeu a pena. Mesmo que mais de metade do tempo me chamassem por Senhor. Devo mesmo estar a ficar velho.

            Findo o jantar, fui para o quarto. Eles foram todos para o quarto de um deles, tocar guitarras e ver uns dvds. Passado umas horas foram para a night. E lá fiquei eu de novo sozinho.

            R.

 

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