Se não fosse verdade até tinha graça... assim é só triste!
R.
Se não fosse verdade até tinha graça... assim é só triste!
R.
7 de Abril de 2009
Recebi este mail, o qual me parece pertinente colocar on-line.
Bom tarde, Chamo-me Elisabete, sou socióloga e é nessa condição que tomei a liberdade de vos contactar. Tive acesso ao vosso contacto de e-mail através do vosso Blog. Escrevo-vos a propósito de um projecto de investigação que estou a desenvolver juntamente com uma colega minha, e para o qual precisamos de ajuda. Passo a explicar com mais detalhe o projecto. Este projecto sociológico tenta desconstruir a ideia de que a forma como os indivíduos se relacionam quotidianamente e na esfera doméstica se esgota na diferença de sexo entre membros do casal. Para tal, precisamos de entrevistar membros de casais homossexuais (gays e lésbicas) que coabitem há pelo menos um ano e que residam na Área Metropolitana de Lisboa. As entrevistas serão: - realizadas aos membros do casal separadamente, - no horário e local que lhes seja mais conveniente, - gravadas para efeitos da análise mas, está claro, - completamente anónimas (o nome das pessoas nunca será identificado e o conteúdo integral das entrevistas nunca ficará disponível para fora desta equipa). Esta pesquisa científica serve apenas interesses académicos (nunca jornalísticos) na área dos estudos da família e do género. Gostaríamos que nos pudessem passar contactos de amig@s ou colegas que preencham os requisitos para a entrevista ou que para eles reencaminhassem estes mails. Em todo o caso, mesmo que não tenham contactos directos, podem reencaminhar este mail para a vossa lista informal de contactos, para que possamos alargar o leque de possíveis contactos? Muito obrigada. Cumprimentos, Elisabete Rodrigues Elisabete Rodrigues http://www.cies.iscte.pt/investigadores/ficha_completa.jsp?pkid=232&subarea=todos Magda Nico http://www.cies.iscte.pt/investigadores/ficha_completa.jsp?pkid=224&subarea=todos ----------------------------------------------------------------------- Elisabete Rodrigues CIES - ISCTE Centro de Investigação e Estudos de Sociologia Edifício ISCTE, Avenida das Forças Armadas 1649-026 Lisboa Portugal Tel /phone +351217903039 Fax +351217940074
O projecto destas senhoras soa-me interessante e importante. Eu e o H. só não participamos porque não reunimos todas as condições para tal. Mas deixo aqui o apelo. Quem reunir os pressupostos apresentados que contacte estas senhoras.
Este tipo de estudos servirá eventualmente para provar o que para mim já é obvio. Que o quotidiano gay é em tudo semelhante ao quotidiano hetro. Passadas as obvias diferenças, no que realmente importa e é relevante essas diferenças desapareçem e apenas denominadores comuns restam. E se é necessário um estudo académico para isso ser demonstrado, então que seja.
R.
www.cies.iscte.pt
6 de Abril de 2009
O meu irmão conseguiu uma entrevista de trabalho, mas a sede da empresa é em Setubal. Por estar sem carro pediu ao H. que fosse com ele lá e como eu conheço razoavelmente bem aquelas bandas acabei por ir também. E ainda bem que fui, senão a esta hora ainda por lá estavam a procura da dita empresa.
Enquanto o meu irmão estava na entrevista eu e o meu nino tentavamos nos entreter. Mas não havia muito para ver ali. Como era na zona industrial de Setúbal a única coisa em que podiamos entrar e passar algum tempo era mesmo uma florista. Seca!!
De repente e enquanto estavamos na estufa deu-me uma dor de barriga daquelas! Acho que fiquei de todas as cores. Não sei se foi do Macds que comemos à pressa, se foi do café que tinha acabado de beber num café de beira de estrada, mas estava mesmo com a tripa a rebentar. Enquanto via se encontrava um wc, a vontade passou. Ainda bem, porque não encontrei sítio para usar. Rumamos a pé de novo para perto do carro.
Logo que chegamos ao carro, a vontade voltou. Mas desta vez ainda maior que antes. Estava a ver ia borrando as calças! Sem mais sítio para ir, foi mesmo ali. Aprorveitei um lote ainda em fase de aterro, e foi mesmo ali, atrás de um muro. Se tivesse baixado as calças um minuto depois teria sido tarde demais. Há muito tempo que não aliviava a tripa na natureza. O meu nino só se ria. E ainda tirou fotografias!
Depois da entrevista e já a caminho de casa ainda paramos para dar uma voltinha no Forum Monijo.
Chegamos e pouco tempo depois já tinhamos jantado e estava de novo no bar.
Antes de adormecer-mos e já na cama com a luz apagada, o meu nino sem querer deu-me um valente linguado na narina. E ainda demorou uns segundos até ele perceber o que estava a fazer. Foi um fartote de riso.
R.
5 de Abril de 2009
Com a longa noite de ontem, hoje ficamos em casa o máximo de tempo possivel.
Dormimos até tarde, levantamo-nos apenas para ir ao café e ficamos na ronha na
cama. Sabe tão bem fazer isto, simplesmente estar com o meu nino sem preocupações.
Como queriamos estar o máximo de tempo na camita, em vez de sairmos para jantar por aí, mandamos vir telepizza. Enquanto esperavamos que chegassem entregamos-nos aos beijos e carinhos, e rápidamente estavamos os dois de pau teso. Nem demos pelo tempo passar e derrepente a campainha da porta toca. Dei um salto e só tive tempo de procurar uns boxers e novamente a campainha tocou.
Abri a porta com o pau meio teso dentro dos boxers que quase nada conseguiam disfarçar. E por mais que tentasse me esconder atrás da porta, o gajo que entrega as pizzas percebeu bem o estado do meu zézinho. Mas confesso que eu nem estava envergonhado. O gajo evitava olhar para mim. Ou olhava para o chão, ou para o tecto, mas para mim nunca. Coitado. Acho que ficou mesmo embarassado.
Comemos as pizzas a falar nisso e a rirmo-nos!
Chegou a hora do trabalho e depois de um banho rápido lá fomos os dois. É engraçado ir para o bar com o meu nino. Amo-o muito e adoro estar com ele em todas as situações. Como estamos em periodo de férias escolares o bar tem andando com um movimento muito bom e como tal não tinha muito tempo para passar como o meu nino. Mas como estavam lá as babes, ele mantinha-se entretido, ora a conversar, ora a jogar uno.
Já na cama acabamos o que tinhamos começado antes de sermos interrompidos pelo homem das pizzas.
Foi um bom domingo.
R.
4 de Abril de 2009
O meu nino começou as férias ontem e veio ter comigo hoje.
Como estava a trabalhar veio directo para o bar. Foi engraçado. Logo que ele chegou, as babes também chegaram e meteram-se logo a jogar uno. E eu a trabalhar que nem um mouro e cheio de inveja de não estar também a jogar. Mas a vida é assim. Pelo menos podia ir olhando para ele. E com aqueles olhares de complice partilhavamos sentimentos e pensamentos sem nunca dizer uma palavra.
Até mesmo quando eu ou ele queriamos que o outro apreciá-se uns gajos que estavam lá no bar, através do olhar conseguiamos comunicar isso. Foi engraçado.
Depois do bar fechar, e como já há um tempo que as babes falavam nisso, decimos ir a uma discoteca numa cidade aqui perto. Fomos até à HORTA DA FONTE. E acabei por não me divertir muito.
Quando lá chegamos aquilo estava mesmo cheio. Para mim até demais. Não gosto muito de apertos. Mas enfim, como o meu nino e as miudas estavam a gostar, também não ia estragar o ambiente.
Depois de dar uma volta completa ao espaço, lá encontramos um sítio com algum espaço para estarmos. Não aguentei ali muito tempo, a música não me dizia nada, e fui para a pista de house, é mais a minha onda. Eles seguiram-me. Mas como a música começou a ficar muito pesada para eles, lá dei a mão a torcer e fui com eles para a pista de música mais comercial. Assim que passamos a porta, o meu nino perdeu a vergonha e começou logo a dançar. Acho que nunca o tinha visto dançar tanto.
Como não estava virado para as danças ia vendo o que por ali andava. Alem da geração “cogumelos com açucar” havia lá cada gajo podre de bom.... deu bem para lavar as vistas.
O serviço de bar na discoteca é que deixa muito a desejar. Mesmo muito mau!
As gajas que estão a trás do balcão estão mais interessadas em dançar e mostrar as mamas que própriamente em servir bebidas. Valeu-me um dos barman que de facto sabia estar num balcão. Mas quando fui pagar é que me apercebi que o tal gajo numa das vezes que lhe pedi uma imperia registou no cartão uma gim. Passei-me mesmo.
Como o cansanço apertava viemos para casa. Antes ainda fomos buscar umas bifanas para compor o estomago.
Antes de adormeçer eu e o meu nino ainda tirámos o leite um ao outro.
R.