4 de Agosto de 2008 – Nem sair, nem ficar.
Estou na esplanada do custume.
Hoje trouxe o pc. Foi algo que sempre quis fazer. E agora que tenho o portatil, finalmente aconteceu. Nem foi tanto para poder escrever, mas sim para ver se apanhava alguma rede não protegida à qual podesse aceder e navegar. Apanho muitas, mas nenhuma me dá acesso.... Merda.
É que alem de não ter net em casa, o sítio onde normalmente vou, está fechado até dia 18. definitivamente este país fecha em Agosto. Nunca entendi muito bem porque.
De resto também não há muito mais a dizer. Este fim-de-semana pelo menos, e para ser diferente do que custuma acontençer, eu e o H. não nos chateamos. Ao menos isso.
O meu menino não vem cá hoje. Vai ficar a descansar. Acho muito bem, sei que está mais cansado do que aquilo que me admite. Noto nele muito cansanço, não só fisico mas mental. Um trabalho de dia e outro à noite não é nada facil. Já passei por isso. E poucas horas de sono, não facilitam muito. Tenho saudades dele claro, mas sinceramente acho muito bem ele ficar a descansar. Devia até faze-lo mais, mas sempre que lhe digo isto ele começa logo a pensar que não o quero ver e merdas do genero.
Tou farto de tar em casa e ao mesmo tempo sem vontade nenhuma de estar com alguem. Sei que é estranho, mas é assim.
Sinto-me um falhado, e não quero encarar ninguem. Mas as paredes do meu quarto parecem cada vez mais apertadas. A tv não me diz nada, o calor que está, a pedir passeios e tardes na esplanada a conviver.... mas a frustração que sinto impede-me de sair. Isso aliado ao facto de não querer sair muito por causa dos filmes que o meu nino também faz de vez em quando, me fazem ficar por casa. Simplesmente não quero que ele stresse.
Assim passo os meus dias, de casa para a esplanada tomar café, e de volta a casa. Duas ou tres vezes por dia, e agora quem sítio tenho para ir a net, nem razão tenho para ir até á cidade. Cigarro atrás de cigarro.... merda, mesmo uma merda.
Mas a minha vida sempre assim foi. Nem sei porque é que eu me atrevo ainda a pensar e a sonhar diferente.
R.