14 de Setembro de 2008
Ontem acabei por não sair.
O H. teve trabalho até tarde. E por mais que soubesse que mais que certo era não sairmos, deixei-me levar na ideia e quando finalmente o H. chegou a casa caiu toda a fantasia que estava a fazer e fiquei um pouco em baixo.
Não se trata de desilusão. Nem sei bem o que lhe chamar. Mas fiquei triste. Não com o H. pobrezito que trabalha que se farta e que sei que por vezes não descansa o que devia só para vir ter comigo, mas triste com a minha vida.
A custo consegui adormeçer e como tal hoje acordei um pouco mais tarde do que é custume. Lá me arrastei para fora da cama e fui tomar um café para ver se arrebitava.
Rapidamente voltei para casa porque sinceramente não estava com grande espirito para estar fora de casa a ouvir as familias e casais que estava no café. Sentia-me sozinho demais para estar junto de pessoas. Por vezes sinto-me assim. Com uma solidão tão grande que a companhia mesmo que seja de estranhos me incomoda!
Enfiei-me de novo na cama a ver tv.
Quase no final da tarde, e quando estava sentado na sanita de porta aberta, ouvi a porta da casa a abrir. Era a senhoria que estava a trazer alguem para mostrar os quartos.
Só tive tempo de fechar a porta do wc antes que eles me vissem.
Logo que me apercebi que tinham entrado num dos quartos, aproveitei e sai dali para o meu canto. Por sorte até tinha uns boxers e uma t-shirt vestida hoje. Normalmente ando completamente nú aqui por casa.
Quando abri a porta do wc dei de caras com uma miuda que ainda estava a entrar para o quarto. Mas acho que foi a única que me viu!
Quando sairam fui para a janela ver quem eram, e ouvi parte da conversa. Eram 3 gajas mais os respectivos pais. Devem ser amigas e querem ficar juntas, e para mal dos meus pecados pareceu-me que gostaram da casa. Estou para ver.
O facto de parecer que vou perder muito da privacidade que tenho agora a juntar com o meu estado de espírito anterior deixou-me num mesmo triste e para baixo e nem a dose dupla de Simpsons que passou hoje na rtp 2 me alegram um pouco.
Desnecessário dizer que este meu estado de espirito transpareceu através das sms e telefonemas para o meu nino que se apercebeu e pensa que a culpa de alguma forma é dele. Mas não é. Acho que é dos acontecimentos. Afinal há dias assim.
R.