O meu nome é Ray,e sou gay. Este será um blog sobre “as coisas vulgares que há na vida”. Na minha vida! É um blog para maiores de 18 anos. Para todos aqueles que tem alguma curiosidade sobre a vida e pensamento gay.
O que me dizes?
Por: Ray, em 17.06.09 às 19:38link do post | adicionar aos favoritos

16 De Junho de 2009

 

Ao chegar ao café do costume, e enquanto pegava no correio da manha para me entreter enquanto tomava o pequeno-almoço, dou de caras com um flyer a anunciar a parada gay deste ano. Será dia 20 de Junho no Príncipe Real em Lisboa.

Não sou a favor deste tipo de eventos.

Embora ache que se tem que continuar a lutar por direitos iguais, e pela maior aceitação da sociedade, acho que não passa de todo por acontecimentos destes.

Os excessos que alguns participantes cometem chocam demasiado as pessoas e criam uma imagem deturpada do que é ser gay. Não me identifico com nada disso. Luto pela indiferença, não concordo que haja paradas para lembrar que ser gay, é ser diferente, porque não o é! Sou tão ser humano como qualquer outro!

Outra coisa que me faz pensar é o nome. “Orgulho lgbt” (lgbt = lésbicas, gays, bissexuais e transexuais). Pergunto: - Orgulho de quê?

Orgulho de ser gay? Orgulho de me ter assumido? Orgulho de me ver privado de alguns direitos constitucionais? Orgulho de vez em quando ser gozado, parodiado, e ser alvo de críticas? É que nenhuma destas questões é motivo de orgulho.

Nasci gay. Não escolhi! Apenas aceitei esse facto. Não me posso sentir orgulhoso de um facto do qual não tive qualquer tipo de opção. Quando oiço a expressão “orgulho gay” penso imediatamente em algo do género: “Tenho orgulho em ser 5% mais gay que a média!”...“Estou orgulhoso. Depois de tanto me esforçar durante 3 anos de estudo e trabalho afincado, finalmente sou gay!”... Não dá. Não entendo. Não me sinto orgulho. Apenas em paz com o que sou e com quem sou.

Em relação a me ter assumido, eventualmente sinto algum orgulho na coragem que tive. Mas apenas isso. Não é razão para paradas coloridas, festivas e barulhentas. Simplesmente aceitei quem sou. Da mesma forma que aceitei que sou daltónico, ou que prefiro Coca-Cola à Pepsi!

Faz tanto sentido fazer uma parada por orgulho gay, como fazer uma parada por orgulho em ter as costas peludas! Coisa que ninguém escolhe. Apenas se é, ou não! Genética!

Alguém me disse uma vez que estas paradas também servem para alertar para as injustiças e a falta de liberdade que outros países (além do nosso) praticam contra gays. Sim senhor! Muito bem. Mas alguém me consegue demonstrar na prática e na realidade que influência concreta tem estas paradas nesse países em que ainda é ilegal ser gay?

Não sou contra quem nelas participa. Mas não me revejo, nem me sinto mais livre e os meus direitos defendidos por acontecimentos destes! Pelo contrário.

R.

 

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coiso a 19 de Junho de 2009 às 15:56
O que eu penso das paradas gay é que têm exactamente o efeito contrário ao que quem nelas participa diz ter.

Mas é só a minha opinião e espero não ofender ninguém.

Abraço!

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