7 de Julho de 2010
Ontem mudei de quarto.
Embora dentro da mesma casa, um dos quartos é o maior, e como ficou vazio, mudei-me para lá. O quarto onde estava tinha demasiadas maneiras de me fazer lembrar do H.
Outra coisa que fiz também há dois dias foi voltar a criar um perfil no gaydar. Foi através de lá que conheci o amor da minha vida, quem sabe se não encontrarei lá uma nova distracção. Não me atrevo a dizer novo amor, porque isso não será possível. Pelo menos não tão depressa.
Ao criar o tal perfil, senti-me um pouco culpado. Não sei bem explicar porquê. Como se tivesse a trair o H. Não faz muito sentido, eu sei, mas é o que sinto.
Não significa que já o tenha ultrapassado. Mas preciso de algo para ocupar a mente, se não entro em loucura. Adormeço a pensar no H. acordo e olho logo para o tlm como se fosse possível lá estar umas sms dele como estiveram durante dois anos e 8 meses.....
Ontem no bar, o meu tlm tocou já passava da meia-noite. Era um número privado. Não tenho por hábito atender números anónimos, mas dada a hora, e pensado que poderia ser algo importante e grave, resolvi atender. Ninguém falou. Ouvia do outro lado alguém a respirar. Mas nada disseram. Apenas um respirar. Sei que o H. não faria uma coisa dessas, mas no meu coração era ele quem espera que o tivesse a fazer.
Passado uns minutos já dentro do bar, só tive tempo de correr para o w.c. antes de começar a chorar a pensar nele. Tudo por causa de uma música que passou.
Black dos Pearl Jam.
Em especial os últimos versos.
“I Know that someday you have a beautiful life,
I know you’ll be a star,
In somebody elses sky,
Why, why can’t it be mine?”
“Sei que um dia terás uma linda vida,
eu sei que serás uma estrela,
no céu de alguém,
porquê, porquê não pode ser o meu?”
R.