27 de Agosto de 2008
Saímos do hotel para comer algo.
Ainda estavamos cheios do enorme almoço, mas sabiamos que tinhamos que comer algo porque depois iriamos ter fome e nada para comer. Decidimos ir à Brasileira, comer umas tostas.
Mas pelo preço que pagamos mais valia ter ido a um restaurante!
Ficamos sentados na esplanada, e deu para apreciar o que por alí se passeava. E pela quantidade de gays (alguns bem bixas) percebemos que a noite seria em grande. afinal é verdade o que se diz: "Bicha que é bicha toma café na Brasileira"
Pegamos num roteiro gay que trouxemos do hotel, e fizemos-nos ao bairro alto.
Primeira paragem “Portas Largas”, bar que já tinha ouvido falar. Chegamos, por mais estranho que possa pareçer não tinha café nem muitos gays sentados por lá. Pedimos uns safari e ficamos a observar e a conversar. Derrepente o meu nino teve uma emergencia e tivemos que sair a correr para o hotel que por sorte fica mesmo ao virar da esquina e fomos para o quarto para o meu menino ir cagar.
Antes de sair-mos fomos de novo á janela, onde ouvimos os franceses a falar e a combinar o jantar. Aguardamos um pouco e quando nos apercebemos que estavam a sair, arrancamos também. Passamos por eles nas escadas e logo alí os gajos mandaram uma serie de piropos.
Como sairam ao mesmo tempo que eles, e porque não paravam de olhar para trás decidimos ver para onde iam. Se gostassemos ficariamos também. Pelo caminho olhavam para nós e riam, e nós faziamos o mesmo. Afinal sentaram-se numa esplanada para jantar, e nós seguimos em frente, depois de ouvir uns assobios e mais uns piropos.
Como não sabiamos para onde ir, e como ainda a noite estava fraca, pegamos de novo no roteiro que tinhamos e fomos visitando mais uns bares. Sempre que decidiamos mudar de bar, passavamos na esplanada do restaurante onde ele estavam a jantar para mais uma troca de olhares, sorrisos, assobios e piropos.
Entretanto e com o passar das horas cada vez se via mais gente na rua. Quando chegamos de novo ao “ Portas Largas” já um grupo grande se concentrava na rua, a beber. Muitos deles gays. Decidimos ficar um pouco por ali. Começamos então a jogar um jogo. Ver quem conseguia mais olhares provocantes. Daqueles olhares de flirt. Logo ali consegui 1! A noite defenitivamente começava a animar-se!
Começamos então uma corrida das tascas. Paravamos em todas as que tivesse gente gira à porta. Numa destas voltas, reparamos que numa das travessas, havia um travestti, tivemos que ir investigar. Era o “setimo céu” a traveca chamava-se “Betty Brown”, sentamo-nos um pouco lá e nem por isso gostei muito.
Quando saimos, e logo que viramos a esquina, numa zona onde se concentram 4 bares, deparamos com muita, muita gente. Aliás, foi a primeira vez que vi tanto gay por metro quadrado.
E assim foi durante horas. Beber, trocar olhares, fazer flirt, dar mais uma volta até ao portas largas, passar pelo restaurante dos outros, voltar a esta esquina. Muita gente gira, muita gente a dar-se tambem ao flirt, gajos que ao passarem por nós nos comprimentavam, e numa nota negativa, foi nos oferecido venda de droga por 6 vezes.
Já no final de muitas imperias, começou a romaria ao w.c. numa destas idas, um gajos com quem havia trocado olhares durante bastante tempo, seguio-me até à casa de banho. Enquanto eu mijava, ele meteu-se no urinol ao meu lado, sacou da pila (pequenita), mas já tesa. Claro que olhei, e ele olhou para a minha. Sacodi, sorri-lhe e fui lavar as mãos, ele passa por trás e roca-se em mim. Mesmo muito. Ainda bem que estavam a entrar gajas, porque assim ele saiu. Não sei bem até que ponto é que ele estava a pensar ir.
Saí dali e fomos de novo até à esquina fantastica.
Nesse sítio, alem de muitos gays, também se encontravam muitos casais hetros, num convivio que me surpreendeu. Todos, gays e hetros na boa, a conviver e a viver a noite.
Com cada vez mais alcool, e cada vez mais flirt, e o meu nino também, estava mesmo a divertir-me muito.
A determinada altura, sem perceber muito bem como (o alcool já era bastante) meti conversa com 2 gajas que passaram por mim. Era australianas, e param ali porque havia muitos gajos giros. Quando lhes disse que a maioria eram gay, fartaram-se de rir. O meu H. não foi de modas e perguntou-lhes logo se eram lesbicas. Mas não eram.
Ficamos os 4 à conversa montes de tempo. O meu nino de vez enquando ia ou buscar bebidas ou ao w.c. e conforme me disse mais tarde, numa dessas ida à casa de banho, um gajo estrangeiro que já nos tinha dito “ola” numa das ruas, chegou ao pé dele e deu-lhe dois beijos na boca no meio do bar.
Só soube depois, mas até o numero de telemovel deu ao H.
Ainda ficamos nesta romaria de bar em bar mais um bom bocado, mas já o alcool começava a pesar, e as horas a avançar e tinhamos que acordar não muito tarde para sair antes do meio-dia, e decidimos ir para o quarto. Sei que o meu nino também já estava bem quentinho pois, sem os pudores do custume, deu-me beijos longos e bem quentes no meio da rua em frente a toda a gente.
Quando chegamos ao quarto, o H. ainda mandou umas quantas sms ao outro que lhe deu o numero. O gajo queria que ele fosse ter com ele ao hotel, as 11h, quando o namorado dele fosse sair.
Sei que se eu não existisse na vida do meu nino ele teria ido.
E o resultado do jogo do flirt ficou nos 2 para o H. 4 para mim. Por isso se o H. não fosse meu namorado também não teria ido para a cama sozinho na visita ao bairro alto.
Rapidamente nos metemos na cama, e não houve nada mais. Eu quando estou bêbado, não ganho tesão. Ficaria para amanha.
Mas o balanço é muito bom.
Ambos adoramos! Temos e vamos ter que repetir!
R.