30 de Julho de 2008
Acabei de vir da casa de banho. Vomitar.
Não da fruta de ontem, mas de algo que nunca pensei acontecer.
A tarde de hoje.... Afectou-me como nunca pensei. De tal maneira que o mal estar emocional se manifestou físicamente, e fez-me ir vomitar.
Nem sei muito bem se conseguirei articular palavras, pensamentos e emoções para transmitir e escrever tudo o que me vai na alma e o que aconteceu para assim ficar.
Tudo começou a seguir ao almoço. Ao chegar ao café depois de almoçar, o H. mandou-me uma sms por engano. Era para a mãe dele. Nada demais. Acontence. Ele rápidamente me disse que se tinha enganado e quem era o destinatário da mensagem. Como é obvio não entendi o conteudo da sms. E como o H. nunca mais se descosia sobre isso, lá tive que perguntar. A resposta não se fez esperar, mas surpreendeu-me: “tava a ver que não....”, ou seja, ele sabia que não tinha entendido, que lhe ia perguntar, mas ficou à espera que eu pergunta-se para me dizer. Fiquei para lá de lixado.
A juntar ao que me disse ontem á noite, no meio de tanta sms, houve uma altura em que por estar a trabalhar ficamos uns boms 10 minutos sem trocar-mos sms, até que lhe mandei uma. Nem me lembro bem o que lhe disse, mas recordo-me bem da resposta. “ tava a ver que não”. Perguntei-lhe o que queria aquilo dizer, e soube então que ele estava a ver quanto tempo demorava eu a dizer alguma coisa sem ele mandar sms, mais, que nem sequer era a primeira vez que o fazia. Ainda hoje não entendo esta atitude.
A partir daí a tarde ficou uma merda.
Obviamente que não fiquei bem disposto, e passei essa disposição através de sms para o H. E tanto perguntei, e tanto o chatei que finalmente me disse que o tinha feito por brincadeira. Brincadeira!!!!! Fazer uma coisa que ele sabe tão bem que me aborrece por brincadeira. Tou mais que farto de lhe pedir que me diga as coisas sem perguntar, ele sabe que me passo por este mesmo motivo, e hoje resolveu fazer disso uma brincadeira. Ainda me falta perceber onde é que está a graça nesta brincadeira.
Passei o resto da tarde com um brutal trombil. Nem uma ida ao café para tentar desanuviar me fez bem.
Rapidamente chegaram as 17 horas e o H. disse-me que estava a sair e vinha para cá. Disse-lhe que não achava que era uma boa ideia. Nem faço ideia do que lhe passou pela cabeça. Ele não me disse e eu tambem não lhe perguntei. As minhas razões para ele não vir eram simples. Depois de uma tarde toda amuados um com o outro, não estava com grande disposição para estar com ninguem. E sabia que se ele viesse, ficariamos todo o tempo a falar para tentar resolver as coisas, davamos um beijinho e ele tinha que sair. Tempo e dinheiro que ele iria perder. Achei que era melhor acalmarmos-nos primeiro e amanha sim, estariamos juntos.
MAS O PIOR AINDA ESTAVA POR VIR!
Pouco tempo depois de ele chegar a casa e dizer-me que ia dormir, o meu irmão ligou-me. Ligou-me para dizer que tinha falado com o H. e já sabia da minha situação, e que já tinha falado com o J.P. e que para não me preocupar que podia ir trabalhar lá para o bar quando voltasse a abrir.
Fiquei sem reacção. Por uma simples razão. Ainda não disse ao meu irmão que estava desempregado. Como ainda não tive com ele pessoalmente, ele ainda não sabia.
Por outras palavras. O meu irmão ligou ao H. o qual, ainda nem sem bem como, lhe disse que estava desempregado. E isto sabendo ele que eu ainda não lhe havia dito e sabendo que eu não queria que ele o fizesse!
O H. nas minhas costas, falou com o meu irmão sobre a minha situação. E para piorar as coisas, e para não variar, nem sequer me disse da conversa que teve com o meu irmão.
Fiquei FODIDO.
Nem consigo descrever como fiquei.
Tentei, mandei sms, perguntei-lhe claramente o porque de o ter feito, e ainda não consigo entender.
Nunca me senti tão mal. Senti a minha confiança traida. Senti-me ferido. Senti-me na merda. E não há meio de passar.
Porque raio de razão é que ele fez isto nas minhas costas e não me disse que o tinha feito.
Este mau estar, não há meio de se afastar. E é de tal modo intenso que já me fez ir vomitar.
Preciso de me acalmar, e tentar chegar a alguma conclusão. Vou tentar dormir e amanha logo se vê.
R.