5 de Novembro de 2008
Hoje á noite saltou-me a tampa.
Eram 5:30 da manha quando os putos chegaram a casa. Um deles entrou e fez o mínimo de barulho possivel. Agora o outro.... além de ter tocado a campainha que nem um maluco por se ter esquecido das chaves, trouxe companhia. Umas três gajas.
Já há mais de uma semana que tem sido uma constante. Barulho quando chegam à noite. Ora a rirem-se que nem umas perdidas, ou musica alta, ou a tocarem guitarra e djambé. Tenho tido paciençia, mas hoje não deu mais.
Enfiaram-se na cozinha, a comer e conversar. Mas alto, muito alto. A rirem-se a gargalhada e arrastar as cadeiras e mesa. Uma barulheira do caraças. Levantei-me, vesti e entrei pela cozinha a dentro.
Tentando manter a calma, perguntei as gajas se moravam aqui. Responderam que não. Perguntei-lhes então que raio estavam a fazer então a esta hora e a fazer esta barulheira numa casa que não era delas. Pregaram os olhos no chão e não mais o levantaram durante o meu monólogo. Perguntei-lhes se era assim que os pais as educaram, se afinal eram uníversitários ou cachopas de 14 anos, e por aí a fora.
Voltei as costas e fechei-me de novo no quarto. Passado um minuto, ouvi a porta da rua a abrir e de novo a fechar. Foram embora no silencio absoluto e finalmente pode voltar a dormir.
R.